quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Virei devoto dela ;)


No começo eu nem podia imaginar,
Como num amor que surge sem anunciar,
Mas que desnutrido pela indiferença,
Não insiste em resistir sem alguma crença

Nunca fizeste parte do meu cenário,
Nem na melhor arte do meu imaginário,
Se estavas num lugar me movia pro oposto,
Sempre achava que lidar me trazia algum desgosto

Tal qual uma implicância adolescente,
Onde a rivalidade é o ícone mais imponente,
Minha conduta assim seguiu oponente,
Sem que sua presença me fosse existente

Acho que foi resultado de falha de comunicação,
A gente muito pouco que se entendia,
E isso gerou em mim uma grande rejeição,
Qualquer menção à seu respeito me aborrecia

Talvez tenhamos começado do jeito errado,
Um pouco de compreensão e tudo teria mudado,
A pouca experiência pode ter nisso afetado,
Mas é uma consequência da qual não posso ser culpado

O que importa é poder observar a tempo,
Quanta oportunidade que desnecessariamente perdemos,
A partir do fato que reconhecidamente nesse momento,
Nos reencontramos de um modo em que jamais estivemos

E pude enfim apreciar na plenitude sua beleza,
A sensualidade de seus ângulos por natureza,
A peculiaridade com que se revelas e a clareza,
E descobri que és na minha dúvida a certeza

A quem minha felicidade pitorescamente acusa,
De ser a heroína que afasta o que me abusa
Me salva daquilo que meu cérebro recusa,
Quando a informação sugerida lhe parece escusa

Se tornando nada menos que minha musa,
A quem dedico este singelo agradecimento,
Não sei o que seria sem você Hipotenusa,
Pra tirar do meu cálculo todo o sofrimento...

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