terça-feira, 13 de outubro de 2015

Ainda há graça naquela praça

Nem acreditei qdo passei por ali... deu vontade de ficar mais um cadim :)

Apesar de todo o perigo e desgraça,
Com imensa alegria descobri que ainda resistes,
Muito bom ver que persiste a vida nesta praça,
Ainda que com todo o adverso que à sua volta reside

Assistir mesmo na pressa de minha passagem,
Ao canto febril dos pássaros e das folhas,
Enquanto as avós conversam e olham a paisagem,
Seus netos correm atrás do sabão em suas bolhas

Coisa que vivi em minha própria infância,
Brincar inocente entre os caminhos dali,
Tive essa sorte pois era curta a distância,
Entre a minha casa e a diversão por ali

Bem legal ver os casais de namorados,
Como se o mundo se resumisse àquele instante,
Com a moldura do pipoqueiro ali parado,
Vendendo aos montes sua pipoca crocante

Uma pena perceber que logo na esquina,
Um pivete observava sua próxima vítima,
Tal qual faria aquela atenta ave de rapina,
A relação entre o riso e o medo ali é íntima

Espero que o êxito dele não tenha sido logrado,
Em respeito à nostalgia gostosa daquele singelo momento,
Que ficaria muito tristemente manchado,
Com a chancela deste lamentável acontecimento

Aos que nela estavam quero deixar um obrigado,
Por me fazerem reviver imensamente aquelas cenas,
Bom saber que a felicidade ainda exibe seu legado,
Nos metros quadrados e brincados da praça Afonso Pena :)

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