quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

No obscuro do escuro

Véi... tem que ter phé.... 25h sem energia elétrica...

E nada da caixinha aparecer...

E de repente me vejo no apuro,
Quando do nada fico todo no escuro,
Nem vejo onde é que eu seguro,
Tomara que encontre o que procuro..

Xi, acabou a bendita da energia,
Logo na hora que ia começar a alegria,
Ja estavam subindo as letrinhas da novela,
Só me resta olhar o breu pela janela

Onde será que guardei aquela vela,
Estou certo de que sobrou um cotoco,
Sabia que nao devia dar um fim nela,
Que ainda podia me servir mais um pouco

Pedacinho de luz deveras salvador,
Com um dá até pra pensar em procurar mais,
Mas pra deixar de permanecer sofredor,
Falta um negocinho chatinho por demais

Cadê o fósforo dessa casa que não se acha,
Ninguém aqui fuma então inexiste isqueiro,
Se tivesse com sede jamais faltaria cachaça,
Como encontrar essa agulha no palheiro?

Nesse intervalo o smartphone quebra um galho,
Sem o advento desta lanterna eu estava arrasado,
Pro meu sucesso está sendo um belo atalho,
Imagina tal missão sem um pontinho iluminado?

Enquanto isso tem uns que vêem assombração,
Outros se encontram com antepassados,
Tem os que partem direto para a ação,
E em nove meses se descobrem bem enrolados

Pena ser difícil pra botar o sono em dia,
Normalmente afeta negativamente a temperatura,
Sobra tempo mas vira uma tremenda agonia,
Sem ventilador e com aquele mosquito quem atura?

O pior é pensar em todo o procedimento,
Na migração do perecível para o isopor,
Fazer correndo e evitar futuro aborrecimento,
Ou esperar e ter que se entender com o calor?

Nada a fazer só nos resta aguardar,
O milagre da vida e a geladeira ligar,
Pode ser em meia hora ou ao sol raiar,
Depende diretamente da hora que me deitar

Mas como fazê-lo lembrando da cerveja a esquentar,
Ou da carne no freezer que vai descongelar,
Da televisão que na volta pode se queimar,
Nem sei se torço pro fornecimento retornar

O jeito é tirar tudo da tomada
E ir ligando novamente aos poucos,
Há quem ache a idéia exagerada,
Sorte do bolso que sou meio louco

Pelo menos assim meu som bem resiste,
E sigo minha saga ouvindo meu charme,
Também preservo o microondas que ainda assiste,
Na cerimônia do miojo se a festa for até tarde

Solução ideal para acabar com toda a dor,
Perder um dinheiro mas comprar um gerador,
Pode cair um meteoro e ficarei só no amor,
Meu único problema é o saldo bancário a se opor...

Bruno Anjos

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