quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Tornando a vida mais... barata



Agora eu tenho certeza,
Realmente o mundo está acabando,
Com uma bem peculiar sutileza,
Só pode ser o que está me mostrando

A estória que agora vos conto,
Poderia ter saído de um hospício,
Sem invento e nem mais um ponto,
Da razão a emoção num interstício

Vivemos todos uma vida atribulada,
Que normalmente não permite extravagâncias,
Pois de repente me foi apresentada,
Uma forma de quebrar essa discrepância

Estou em casa nas funções habituais,
Como todo ambiente, tem seus vetores naturais,
Reajo naturalmente com gestos normais,
A não ser quando se exaltam aí ja fica demais

E nesse caso não tem jeito mato mesmo,
Nem que me peçam eu livro da pena,
Ou se tiver estressado escolho a esmo,
No verão tenho opção a casa não é pequena

Mas um caso em especial chamou minha atenção,
Conheci alguém que mereceu minha consideração,
Aprendi a lidar apesar de achar estranha a ação,
É engraçado administrar uma idéia que traz negação

E assim descobri algo interessante,
Posso ser uma pessoa mais tolerante,
Nem tudo precisa ser tão relevante,
Tampouco merece a alcunha de revoltante

Não que eu tenha chegado nesse nível sozinho,
Posso ter algo de maluco mas nem tanto,
Foi a namorada que me arrastou pelo caminho,
A culpa e dela qdo fez aquela cara de pranto

Usou dos argumentos mais ridículos que podia,
Em prol de uma situação mais absurda ainda,
Talvez por isso tenha a considerado pois sabia,
Que dava pra extrair uma lição bem vinda

E o resultado desta minha louca investida,
Misturada com o instinto de proteção animal dela,
É que meu banheiro tem a fauna protegida,
Mas é claro que pra isso existem regras

Para vivermos no mesmo ambiente,
Dividindo proporcionalmente os custos,
É imprescindível que ela esteja ciente,
Seja bem vinda mas não faça movimentos bruscos

E vou lhes dizer que acho até que ela sabe,
A danada fica na disciplina nem se nota qdo age,
Eu não sei se me ouve mas pelo menos me atende,
Certamente não é bela mas de sobrevivência ela entende

Virou "amiga" dos momentos de descarrego intestinal,
Ou "testemunha" das conversas no banho corporal,
Não sei quanto tempo viverás e se um mês ainda vinga,
Mas lhe desejo feliz natal e bom ano novo...Barata Arminda

Aliás e a propósito antes que me perguntem,
É óbvio que não tive nada com esse batismo,
Tudo bem estou engajado na luta mas escutem,
Conviver ainda passa mas aí já é masoquismo...

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