segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Em algum lugar

Dando uma volta pela rede,
Me deparei com um dilema,
Fui saciar uma certa sede,
E acabei arrumando um problema

Os amigos vivem me chamando de poeta,
Disso tenho certeza que não sou,
No máximo um candidato a atleta,
Do português que a professora ensinou

Que aliás preciso lhes confessar,
Nunca imaginei deste modo utilizar
Sempre fui péssimo de gramática,
Só tinha interpretação a me salvar

Mas voltando ao tópico da conversa,
Deparei-me com coisas muito diferentes,
Admiro quem faz poema ou versa,
Por isso acho que não sou bem essa gente

Não consigo me imaginar falando de duendes,
Por mais lírico ou lindo que isso se faça,
Meu segmento me parece mais abrangente,
Mesmo que escreva sob efeito de cachaça

Outra coisa que acho o maior barato,
É escrever sem repetir palavras,
Nem sempre é fácil sei que é fato,
Mas faz parte do trato destravar as entravas

Vi comunidades com centenas de poesias,
Que só num detalhe que diferiam das minhas,
Assuntos variados e bonitos os temas,
Mas a maioria era apenas cópia de uma outra autoria

Tudo bem não há mal nenhum nisso,
Ninguém disse que havia compromisso,
Não quero causar qualquer rebuliço,
Também escrevo e até gosto disso

E assim por estas e por outras,
Fico na dúvida sobre onde me encaixo,
Se prefiro as morenas eles as louras,
Ou se fico em cima o mundo embaixo

Acredito que mesmo com essa divergência,
Existe lugar bastante para nós todos
Aproveito para exaltar essa coexistência,
Ainda que desconheça meu papel nesse bolo

Reconheço que acho muito engraçado,
O jeito que algumas pessoas tem de "poemar",
Enquanto isso vou seguindo meu traçado,
Um dia encontro com elas por aí em algum lugar...






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