sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Que comecem os jogos

É de se perder na vã tentativa,
De encontrar alguma alternativa,
Que explique por que tal tratativa,
Nunca permanece sempre ativa

O que dizer de quem se une na tragédia,
Da qual é capaz de tentar fazer comédia,
E por ela consegue fazer até linda homenagem,
Ou se aproveitar da distração para articular a sacanagem?

Como classificar a estupidez da ganância,
Capaz de acabar com sonhos de infância,
Numa infinita e sofrida fração de segundo,
Que em sua inocência choca e sensibiliza o mundo?

Onde indexar a ausência da coerência,
Do guardião da legislação em vigência,
A assistir ao absurdo sem nenhuma resistência,
Vendo o certo sucumbir sem residência

Por que nesse mundo seja por onde for,
Só se encontra unanimidade em havendo a dor,
Mas quase exclusivamente sendo no esporte,
Já que a fome e a guerra também causam a morte?

Seria por parecer este um ambiente de fantasia,
Do jeito que todos gostariam de ter por perto
Onde existem regras e as raças não importariam,
E o respeito pela idéia parece dar bem certo?

Então se perdemos alguém dali que nos dá alegrias,
Parece que "aqui fora" aumentam as agonias?
Se for esta a filosofia então sugiro de forma definitiva,
Reconsiderar o seu comportamento para uma maneira desportiva

Parece que é o único código que ainda tem valor,
Ao qual ninguém tem o ímpeto de se opor,
Quem sabe fazendo da vida um belo jogo,
Possamos aprender como viver de novo

Deixando de ver momentos de união e respeito,
Apenas na frente de um caixão ou pondo medalha no peito,
Acho que será de legado o melhor troféu,
Que os exemplos que idolatramos nos deixam do céu...

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