quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Não aguento mais tiroteio

Na boa... tá foda viver na cidade grande... poderia fazer um livro só com esse tema ( que aliás me é recorrente ) , mas fiz só uma rapidinha pra descongestionar os neurônios...Isso serve pra qualquer lugar atualmente, o que me deixa mais indignado...

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Nunca pensei mesmo em devaneio,
Que deixaria um dia de fazer um passeio,
Pra evitar descontente um certo aperreio,
Motivado perplexo por outro tiroteio,

Do jeito que está praticamente não saio
E quando o faço muito mal me distraio
Um fusca passando e já me contraio
Uma moto com dois e eu quase desmaio

Pros mais velhos é difícil a cena,
Ouvir os relatos me enlutece de pena,
Quem convive nem sente mais o dilema,
Sobrevivem esperando condição mais amena

Lamentável ter que deixar de ir no amigo,
Ou deitar no meio do chão procurando um abrigo,
Evacuar a escola inteira ou uma sala,
Ter que ter em casa vidro a prova de bala

Antigamente existia alguma coerência,
Pontos específicos conhecidos pela violência,
Não que com isso eu os esteja preterindo,
Mas pelo menos dava pra ir me prevenindo

Hoje em dia não tem mais hora ou local,
No meio da tarde ouvir fuzil virou normal,
Fico me perguntando se sofro de loucura,
Segundo consta, não havia isso na ditadura

Ao ver o jornal e vivenciar esta situação,
Não resta nada além de uma grande decepção,
Fico pensando na absoluta falta de opção,
Que fica de legado para a próxima geração

Que infelizmente quis o destino,
Sentenciar com este maldito inquilino,
Resultado direto de nosso voto em desatino
Que espero que vocês não sigam consentindo

E aos quais agora peço desculpas,
Essa realidade me causa grande repulsa,
Por isso enquanto minha mente ainda pulsa,
Do coração a tristeza ela expulsa

Eu já nem " queeeero é ser feliz ",
Me contento bem contente em ir e vir,
Sem ter que escapar por um triz,
Da bala traçante querendo me ferir...

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