É uma dor mais que silenciosa
Toma conta de todo o seu corpo
Se instala de forma cruel e maliciosa
Te deixa em desespero total e absorto
Se aproveita de qualquer distração
Para destruir sua pouca estabilidade
Costuma vir como normal opção
A tiracolo da falta de tranquilidade
Às vezes contamos com alguma sorte
Talvez um sopro de clemência do destino
E naquela "melhora antes da morte"
Dá tempo de evitar sofrer como um suíno
Mas no geral é praxe ser vitima daquela lei
Onde contingência é uma mera utopia
Pelo menos uma vez na vida por isso já chorei
E lá vou de novo encarar outra hemorragia
Entre sangrar e a tortura da morte lenta
Prefiro ser digno e tentar ao menos o combate
Tenho estrutura pra muito que a vida atenta
Mas tem coisa que excede até o meu quilate
É dificil ponderar quando arde no olho
Escorre nas costas e pinga no seu reto
Por isso movo mundos e não me encolho
Algum conforto é preciso nesse espectro
E assim para não surtar em plena linha vermelha
Encaro entao meu oponente, resignado
O bolso não quer, mas o corpo aconselha:
Vou consertar essa merda desse ar condicionado...
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