É um momento de uma certa incoerência,
Pois tudo que menos importa é a aparência,
Até porque, nada é o que ali tem existência,
Pelo menos enquanto não vira uma residência
Está todo cheio de poeira ou imundo mesmo,
Já se imagina a trabalheira pra deixar limpo,
Fica-se perdido naquela zona olhando a esmo,
Enquanto um peteleco derruba a traça subindo
Ao mesmo tempo do chão ao teto,
Surge uma inspiração quase mediúnica,
Baixa na pessoa uma espécie de arquiteto,
Que sai tendo idéia da parte seca à úmida
Seu novo templo é a loja de construção,
Onde você passa a conhecer melhores amigos,
E sai lotado de itens adquiridos em prestação,
Jurando que não precisará de novos artigos
Coisa que não chega a durar sequer a página dois,
Basta descarregar a mala que o "suporte" vem com uma lembrança,
Daquelas que nem dá pra deixar para depois,
E daquele desencontro com o LIS te tira a esperança
Mas tá valendo afinal a causa é nobre
É só ir com calma que a coisa funciona
Não pode faltar mesmo que também não sobre
Ver o projeto seguir é o que te impulsiona
Entrar pelas madrugadas escolhendo cor
Decidindo qual tipo de móvel e onde por
Exercitando a arte do conceder e do se opor
Na doce parte do ambiente a se compor
Enquanto nessa aventura estou no começo
Da ordem das travessuras então eu obedeço
Posso lavar a casa toda com a mangueira
Menos a escada, que é toda de madeira
Ou quem sabe ficar completamente nu no terraço
Já que temos para isso ali um atraente espaço
Tem alguma coisa a se pensar para a varanda
Mas ali com parcimônia pois na frente gente anda...
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
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